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Foto: abola.pt |
A 'estrela' do Real Madrid esteve agrilhoado pela defesa sueca durante a maior parte tempo do jogo. Lutou e procurou os espaços de forma incansável, mas raramente dispôs de um palmo de liberdade. Aliás, tal como aconteceu com o sueco Zlatan Ibrahimovic, junto à área portuguesa.
Por isso, João Moutinho e Raul Meireles tiveram de fazer valer os seus galões no meio-campo, escudados pelos imperiais Pepe e Bruno Alves e auxiliados pelas 'temerárias' subidas de Fábio Coentrão pela esquerda. Foi isso que, na segunda parte, após uns primeiros 45 minutos repartidos, encostou a seleção sueca à sua grande área e permitiu a criação de uma sucessão de jogadas de perigo, embora muitas vezes condenadas ao insucesso pela opção pelos cruzamentos por alto.
Até que, aos 83 minutos, Cristiano Ronaldo mostrou de que massa são feitos os fora de série: percebeu mais cedo do que Martin Olsson onde ia cair o cruzamento de Miguel Veloso e mergulhou à frente do defesa sueco para bater Andreas Isaksson, com um remate de cabeça a meio metro do relvado. À atenção de Joseph Blatter, que, certamente, vai ver todos os jogos do 'play-off' europeu de qualificação para o Mundial2014.
Três minutos depois, Ronaldo voltou a deixar o esforçado Olsson mal na fotografia: a cruzamento de Hugo Almeida, novamente da esquerda, saltou um palmo mais alto do que o lateral sueco e acertou em cheio na barra, falhando por centímetros um 2-0 que quase garantia a presença no Brasil.
A Suécia foi mais perigosa na primeira parte, mas no segundo tempo o jogo foi de sentido único e Ibrahimovic mais não conseguiu do que ver Pepe e Bruno Alves, ajudados por Miguel Veloso, irem cortando todos os lançamentos compridos para o meio-campo português, colocando depois a bola nos homens mais habilitados a fazerem a construção do jogo.
A vitória por 1-0 é um bom resultado numa eliminatória deste tipo. Não se pode dizer que a seleção portuguesa está a um passo do Brasil, mas é aceitável que se diga que, neste momento, 'sobrevoa' as Canárias ou Cabo Verde. Falta, porém, atravessar o Atlântico, onde por vezes há alguma turbulência.
Na terça-feira, no Friends Arena, em Solna, a Suécia vai ser uma equipa diferente, muito mais pressionante e próxima de Ibrahimovic. Então, mais do que nunca, a seleção portuguesa vai ter que ser coesa e solidária, para deter a previsível avalanche atacante nórdica e, de imediato, procurar desequilíbrios na transições ofensivas. Aí, sim, é provável que Ronaldo tenha mais espaço e possa jogar como mais gosta.
Portugal mostrou, mais uma vez, que é melhor equipa quando enfrenta desafios de alto grau de dificuldade e o 1-0, se não é um resultado ótimo, é uma vantagem considerável, porque - é bom não esquecer! - um golo português em Solna obriga os suecos a baterem Rui Patrício por três vezes.
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