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Foto: pt.uefa.com |
(Este texto contém um erro, entretanto corrigido no post com o título 'Pior registo em casa na fase de grupos pode custar seis milhões', publicado às 22:44 de 27/11/2013).
O pior desempenho de sempre de uma equipa portuguesa nos jogos em casa de uma fase de grupos da Liga dos Campeões de futebol deixou o FC Porto na iminência de falhar a qualificação para os oitavos de final apenas pela terceira vez nas últimas 10 participações.
O pior desempenho de sempre de uma equipa portuguesa nos jogos em casa de uma fase de grupos da Liga dos Campeões de futebol deixou o FC Porto na iminência de falhar a qualificação para os oitavos de final apenas pela terceira vez nas últimas 10 participações.
Ao empatar 1-1 com o Áustria de Viena, o FC Porto passou
a deter o pior registo de uma equipa portuguesa em casa na fase de grupos da
Champions, que passou a ser disputada em 1991/92 – o anterior recorde negativo
pertencia ao Sporting desde 2000/01, quando perdeu com o Spartak de Moscovo e
empatou com o Real Madrid e o Bayer Leverkusen.
Depois das derrotas em casa com o Atlético de Madrid
(1-2) e o Zenit de São Petersburgo (0-1), a igualdade com a estreante equipa austríaca,
que não marcara qualquer golo nos quatro jogos anteriores, garante a passagem à
Liga Europa.
No entanto, pode representar um importante rombo
financeiro para os cofres portistas, devido a uma agora muito provável quarta ausência
dos oitavos de final da Champions desde a gloriosa época de 2003/04.
Os desastrosos resultados registados no Dragão podem custar
um total de seis milhões de euros ao FC Porto, pois a qualificação para os
oitavos de final da Champions é premiada com 3,5 milhões de euros, enquanto cada
vitória vale um milhão e o empate meio milhão – logo, um ponto valeu o encaixe
de apenas 500.000 dos três milhões de euros possíveis.
Desde a época do título de Gelsenkirchen, frente ao AS
Mónaco, o FC Porto só não se apurou para os oitavos de final em 2005/06 e em
2011/12, enquanto em 2010/11 esteve ausente por o terceiro lugar na Liga
portuguesa anterior apenas lhe ter permitido disputar a Liga Europa, que
haveria de conquistar em Dublin, frente ao Sporting de Braga.
Frente ao Áustria, a equipa de Paulo Fonseca voltou a
fracassar em casa, não aproveitando a igualdade 1-1 que uma equipa de segundas
linhas do já apurado Atlético de Madrid tinha imposto horas antes em São
Petersburgo.
Agora é preciso ir ganhar na última jornada a Madrid e
esperar que o Zenit não vença em Viena, mas no final do jogo Paulo Fonseca
afirmava que o cenário era praticamente igual ao que existia antes de o FC
Porto conquistar o seu primeiro ponto em casa nesta Champions, com a diferença
de que agora já não dependia de si próprio. Uma pequena diferença, afinal…
O problema é que o FC Porto só ganhou dois dos últimos
sete jogos e somou agora o quarto empate 1-1 em cinco encontros: após a derrota
por 0-1 em casa com o Zenit, em 22 de outubro, ganhou ao Sporting por 3-1 no
Dragão, empatou 1-1 nos estádios do Belenenses e do Zenit, ganhou por 2-0 em
Guimarães para a Taça e empatou 1-1 em casa com o Nacional e com o Áustria.
Paulo Fonseca, que fez uso das estatísticas para exemplificar
o domínio da sua equipa no jogo com o Nacional, pode fazer uma análise dos curiosos
números divulgados pela UEFA a meio desta quinta jornada, isto é quando metade
das equipas tem a ronda ainda por disputar.
O FC Porto é o terceiro clube com mais remates à baliza
(45 em cinco jogos), apenas atrás do Bayern de Munique (64 em quatro) e da
Juventus (46 em quatro). Está à frente do Atlético de Madrid (44 em cinco) e do
FC Barcelona (43 em cinco), enquanto o Benfica tem quase metade (24 em quatro).
No entanto, só tem quatro golos marcados, contra 13 do Atlético
de Madrid, 12 do Bayern de Munique, dez do FC Barcelona, seis Juventus e três
do Benfica, o que é um dado preocupante em termos de eficácia. Tal como o facto
de ser o clube com mais remates para fora (44), à frente da Juventus (39) e do
Bayern de Munique (32).
Com 58% de posse de bola, é a sétima equipa com mais
passes tentados (2.950) e a oitava com mais eficácia (75%, 2.215), numa lista
em que só FC Barcelona, PSG, Arsenal e Bayern atingem uma eficácia de pelo
menos 80 %.
Trata-se de muita posse de bola e de demasiados remates para
apenas quatro golos marcados e uma diferença de golos negativa (-1).
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