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Foto: FPF/Francisco Paraíso |
O treinador pode adotar uma
estratégia e uma tática irrepreensíveis, mas dificilmente terá sucesso se os
jogadores não respeitarem o adversário ou entrarem em campo com medo de perder.
Porque a falta de respeito é mãe da negligência e o medo encolhe a equipa,
tolhe a iniciativa e impede bons jogadores de acertarem um passe a três metros.
O
jogo é decisivo, a Suécia tem Ibrahimovic e mais alguns bons e altos jogadores
e de certeza que Paulo Bento não descurou este aspeto da preparação da equipa
portuguesa. E, para isso, podia ter recorrido ao histórico das duas seleções e
dos embates entre ambas.
Bastava
lembrar que, ao contrário da Suécia, Portugal tem experiências em
'play-offs', uma vez que se qualificou para as duas últimas grandes
competições, o Mundial2010 e o Euro2012, eliminando a Bósnia-Herzegovina em
ambas as ocasiões, a segunda já com Paulo Bento no comando.
Depois disso já houve mais
sete jogos entre portugueses e suecos, três em Portugal e quatro na Suécia, com
o saldo de cinco empates e duas vitórias das 'quinas', ambas fora, em 1987 e
2002, por 1-0 e 3-2.
E os dois últimos foram
empates 0-0 na qualificação para o Mundial2010 – Portugal terminou o grupo em
segundo, com mais um ponto que a Suécia, e seguiu para o 'play-off' com a
Bósnia, juntando-se depois à Dinamarca na África do Sul. A Suécia falhava,
assim, a presença num Mundial pela primeira vez desde 1998.
Paulo Bento podia ainda
sublinhar que Portugal não falhou uma única grande competição desde o ano 2000
(Mundiais de 2002, 2006 e 2010 e Europeus de 2000, 2004, 2008 e 2012), período
em que somou um segundo lugar (Euro2004), um quarto lugar (Mundial2006) e duas
meias-finais (Euro2000 e Euro2012).
Por tudo isto, a partir das
19:45 de hoje, o respeito tem de entrar em campo no Estádio da Luz. O medo,
esse, deve ficar trancado num cofre do hotel.
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